Eis que a linda lua foi embora
Com sua energia negra sobre o teto da casa
Que desabava sobre os abismos abertos sobre o chão de medo
Mas que ela fosse embora
Mas não levasse consigo todo encanto da noite
Todos os meus versos debaixo do braço
E entranhados na sua pele
Minha palavra hoje muda
Meus cânticos de silêncio
Pernoitam agora sem ritmo
Sem o embalo dos teus seios de pedra
E das tuas coxas de labaredas
E que ela fosse embora
Mas não se irrompessem tempestades
Que inundassem de frio os meus braços destruídos
Hoje apenas passo e olho
Como se não fosse nada o que nada foi de fato
Com o olhar liso de parede ela me despe,
Me violenta e humilha num sorriso
Cravando com seus dentes de navalha
O pobre cerne de minha alma dilacerada.
sábado, 12 de julho de 2008
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