sábado, 12 de julho de 2008

Dois Pontos

Há entre os dois pontos
Que me invento
Tudo que de fato
Existe de intangível

O fogo úmido molhando
Os olhos secos da
Flor nascente
O colírio do incrível

O que crio
Roubo do firmamento
A cor a tingir
O sonho neutro
O mar do amor
No qual me afogo
Tecem, tocam
As mãos de vento

Há entre os dois pontos
Que me invento
A rima, a soma,
O rio, o riso
Guardados, amadurecendo
Há entre os dois pontos
Que me invento
Até o saber da lua e o poder dos ventos

A explosão da vida
E o silencio do silencio
Tudo isso há entre os dois pontos que me invento

Um comentário:

Anna Cristina disse...

Ola
Aceitei seu convite da comunidade Poemas e Poesias e vim ler seu blog.

Li varias e a que mais gostei foi dessa aqui...

Muito bom seu escrito...Parabens!

Abraços