No início da noite dos tempos, o artista
abre as cortinas do pensamento,
e cavalga em suas patas de fogo
sobre o miúdo universo em caos.
O espaço todo transita sua essência
na gota de água esquecida numa
pétala vermelha de sempre-viva.
O artista expele a aurora
como um eu que extravasou em silêncio.
Suave, comedida, ao longo das pernas,
no afago suave de uma brisa delgada,
Escorrem querências.
E, o sol com sua doce língua,
acaricia o horizonte ali revelado.
Sob a obra, uma lacuna abissal.
Moedas espalhadas pela calçada,
caminhos e efluentes distintos.
Formigas aladas devoradoras de medo
e dragões famintos ladrões do tempo
rasgam a tinta da boa vontade.
Mas, antes dos maremotos cabais,
temporais de desejos emergem
em melodias do paraíso perdido
nas asas de uma borboleta azul.
domingo, 31 de janeiro de 2010
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